A fim de criar animais dentro dos padrões raciais das raças, bem como obter ganhos reais na atividade, a ABCDorper orienta os criadores a sempre buscarem o auxílio de técnicos
A ovinocultura de corte vem se destacando cada vez mais como uma promissora atividade na pecuária nacional – haja vista sua fácil implantação e rentabilidade -, principalmente, quando o assunto são as raças Dorper e White Dorper, que geram cordeiros precoces e com excelente acabamento de carcaça. Contudo, apesar das inúmeras vantagens, não há espaços para brincadeiras na atividade, sendo imprescindível que os criadores obtenham acompanhamento técnico especializado.
Por isso, a Associação Brasileira de Criadores do Dorper e White Dorper (ABCDorper) orienta a todos os criadores, sejam eles iniciantes ou até mesmo os mais experientes, a sempre buscarem auxílio de técnicos especializados em ovinos. Somente dessa forma eles poderão criar animais dentro dos padrões raciais das raças e, consequentemente, obter ganhos reais na ovinocultura de corte, que já demonstrou o seu potencial de crescimento nos últimos anos.
Naelson Alves Farias Júnior, Médico Veterinário e membro da Conselho Deliberativo Técnico da Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (ARCO), explica que, como em qualquer atividade, na ovinocultura é recomendado o auxílio de um técnico capacitado e com conhecimento no setor para que se façam as análises necessárias, projetos e metas. “E se faça um estudo de viabilidade econômica e de resultados para que criador consiga se manter na atividade. Porque na maioria das vezes o criador faz de forma empírica e põe a culpa do insucesso na atividade. Precisamos montar um programa sanitário, reprodutivo, nutricional eficientes”.
Para Gustavo Martins Ferreira, Zootecnista e Inspetor técnico da ARCO, o auxílio de um especialista vai ajudar ao criador a evitar alguns erros comuns na atividade, encurtando, assim, um pouco a distância para um resultado positivo na propriedade. “Quando um criador procura um técnico, ele está procurando uma pessoa que tenha prática, muita vivência não somente em um rebanho, mas, principalmente, em vários.”.
Essa ampla experiência na atividade é de extrema importância porque cada criação deve ser avaliada individualmente, afirma Naelson Alves Farias Júnior. “Não dá para se basear, por exemplo, apenas nas experiências de outros criadores, até mesmo sendo criadores vizinhos de cerca, porque cada propriedade tem sua realidade e individualidades. Desde a gestão de cada proprietário, passando pela mão de obra, pela nutrição adotada, pela qualidade de solo, pela genética, enfim são uma série de fatores que interferem no resultado. Não existe uma receita de bolo. Ou seja, o dá certo para uma propriedade, não necessariamente dará certo na outra”.
Ainda sobre a individualidade de cada propriedade, Gustavo Martins Ferreira completa dizendo: “Cada propriedade tem um sistema de exploração, um são mais intensivos, outros mais extensivos, e acaba não combinando de dar resultado. Se você tira um animal de um manejo intensivo e coloca num manejo extensivo, muito provavelmente esse animal não vai entregar o suficiente para esse criador e aí vemos os desastres nas criações de ovinos por aí”.
Num projeto de ovinocultura existem vários tipos de técnicos que podem ajudar o criador. Afinal, o projeto se inicia desde o preparo do solo, passando pela escolha das forrageiras, construção das instalações, escolha dos animais, etc., lembra Naelson. Dessa forma, se faz necessária a atuação de agrônomos, médicos veterinários e zootecnistas especializados no dia a dia da criação de ovinos. “Eu, particularmente, sempre acho que uma pessoa que é técnico e, também criador, tem um pouco mais de conhecimento com relação ao direcionamento. Porque muitos técnicos não sofrem na pele o que é uma criação em si, no dia a dia, a fim de produzir animais com solidez de genética”, finaliza Gustavo Martins Ferreira.
Diante do atual aumento do consumo de carne de cordeiro, as condições parecem propícias para se investir na atividade. Por conta disso, se os criadores agirem com profissionalismo e, sobretudo, buscarem auxílio de técnicos especializados, a lucratividade é certa, já que o setor demonstra potencial para crescimento, deixando de ser uma promessa.
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Por Natália de Oliveira/Agência Agrovenki
Crédito da foto: Divulgação/Cabanha Poncho Molhado
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