Raça tem origem datada no ano de 1942 e é resultado do cruzamento do Dorset Horn com Persa de cabeça negra.
Originalmente criada para as regiões mais áridas da África do Sul, a raça de ovinos Dorper é resultado do cruzamento do Dorset Horn com Persa de cabeça negra. Sobretudo, a ideia surgiu devido ao excesso de produção de ovinos de corte durante os anos 1930. Estes que não podiam ser consumidos localmente nem exportados devido às suas pobres qualidades de carcaça.
Deste modo, tornou-se evidente a necessidade de uma nova raça de ovinos de corte que pudesse produzir uma carcaça de qualidade elevada nas áreas mais secas da África do Sul. Na época, pesquisas comprovavam que sempre que os cruzamentos possuíam mais de metade do sangue ovino de corte britânico, a conformação continuava melhorando.
Entretanto, a adaptabilidade às condições ambientes locais – sua característica mais importante -, perdia-se. Foi a partir daí que decidiu-se desenvolver a nova raça por meio da seleção estrita do tipo desejado. Como resultado destes cruzamentos, saíram animais facilmente reconhecidos pela cabeça preta e bom comprimento do corpo, além de coberto por pelo curto.
Sendo assim, de acordo com a história, a origem da raça Dorper é datada no ano de 1942. Depois, a raça se espalhou pelo mundo por conta da fácil adaptação. Afinal, são animais rústicos, que suportam desde as condições climáticas mais áridas, passando pelo frio, até muita chuva e, mesmo assim, com a capacidade de manter boa saúde e condição corporal ideal.
Dorper no Brasil
Contudo, no Brasil a raça só foi aceita em 1998, a partir de um projeto do então Secretário do Planejamento do Estado da Paraíba, Dr. Mário Silveira. Mesmo assim, foi só a partir do ano 2005 que foi introduzido na história o capítulo relacionado à seleção da melhor genética da raça Dorper.
Em suma, os resultados obtidos neste período foram determinantes para a valorização da ovinocultura de corte no Brasil, oferecendo ao mercado um produto reconhecido como a melhor carne de cordeiro do mundo. Sobretudo, os números positivos do setor projetam uma leitura de que a raça se expande, cada vez mais, no Brasil. Tanto que dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que o Brasil tem mais de 18 milhões de ovinos.
Ao mesmo tempo que consolidados, os números ainda revelam que há um mercado com grande potencial a ser explorado pelo produtor que estiver atento a este nicho, diferenciado por ter animais que otimizam a produção com fertilidade – sem sazonalidade – e ganho de peso.
Ademais, com excelente taxa de reprodução e crescimento, fácil manejo e adaptabilidade, a raça Dorper é sinônimo de lucratividade no setor. Como esse ovino pode ser criado apenas no pasto, traz lucros a baixo investimento por parte do criador. É a dobradinha que todo produtor sonha: animais que comem pouco e produzem muito!